sábado, 22 de setembro de 2012

O boato é que o Serra vai importar o modelo Chines de esconder suas desigualdades. Cidade chinesa enjaula mendigos na rua PUBLICIDADE DE PEQUIM A Prefeitura de Xinjian (leste da China) está sob intensa crítica da opinião pública após enjaular dezenas de mendigos no mesmo lugar durante um festival religioso. As fotos, tiradas no último dia 15, mostram mendigos atrás das grades e sentados lado a lado. As imagens foram feitas por visitantes e postadas em microblogs, atraindo uma enxurrada de comentários negativos. "É como um zoológico", comparou um blogueiro. "Isso é intolerável. Mendigos são seres humanos também", escreveu outro. Chineses enjaulados Zhou chengli/Associated Press AnteriorPróxima Visitantes chineses passam por pedintes enjaulados em templo da cidade de Xinjian DOIS LADOS "Tivemos de considerar ambos os lados: o dos peregrinos e o dos mendigos", disse o chefe do escritório de assuntos civis da Prefeitura de Xinjian à rede americana NBC, identificado apenas como Wan. "Há alguns mendigos falsos que apenas querem arrancar dinheiro dos peregrinos. Vimos que os peregrinos eram assediados por esses mendigos no passado", afirmou o funcionário. Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress Ele disse ainda que, "por outro lado, a feira do templo [de Wanshou] é tão lotada que os mendigos poderiam ser atingidos por carros ou pisoteados pela multidão". As autoridades afirmaram ainda que os mendigos entraram nas jaulas voluntariamente e que receberam água, comida e proteção do sol. Mas as explicações não aplacaram as críticas nos microblogs: "O governo sempre apregoa que a China tem a melhor marca em direitos humanos. Antes, eu não acreditava nisso, mas hoje estou convencido", ironizou um blogueiro, em comentário reproduzido pela NBC. O templo Xanshou fica na montanha Xishan e foi construído há cerca de 1.700 anos. Realizado anualmente, o festival atraiu cerca de 200 mil pessoas, de acordo com números oficiais. VIGILÂNCIA VIRTUAL As mobilizações na internet têm se provado uma dor de cabeça para autoridades locais. O weibo, sistema de microblogs chinês, é uma forma de expressão razoavelmente livre em um país que controla a comunicação com mão de ferro. Em outro episódio que ilustra a força desse meio, o agente de segurança Yang Dacai foi demitido ontem, depois que fotos suas sorrindo no local de um grave acidente provocaram ira dos internautas. O choque entre um ônibus e um caminhão-tanque ocorreu no dia 26 de agosto, na Província de Shaanxi (centro) e matou 36 pessoas. "Meu coração estava pesado quando cheguei ao local. Funcionários mais novos pareciam nervosos quando estavam me informando sobre a situação", disse Yang. Depois de afirmar que estava "tentando fazê-los relaxar um pouco", ele disse: "Talvez, num momento de distração, eu tenha relaxado demais". (FABIANO MAISONNAVE)
Ecad exige cobrança de direitos autorais em Escola de Música de Brasília Fiscais exigem a cobrança na apresentação em homenagem a Altamiro Carrilho realizada por alunos. Alegam que o evento artístico foi divulgado, o que altera o seu caráter meramente educacional Luiz Calcagno Publicação: 22/09/2012 08:03 Atualização: 22/09/2012 08:36 Embora seja pública e seus eventos, gratuitos e abertos à população, a Escola de Música de Brasília corre o risco de ter de pagar para que seus alunos se apresentem. A instituição é acusada de reproduzir músicas sem autorização dos autores. Na tarde da última quarta-feira, fiscais do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) estiveram em uma apresentação para homenagear nomes do chorinho e advertiram o diretor da unidade, Ataíde de Matos. Ataíde argumentou que o evento tinha finalidade educativa (leia O que diz a lei), mas, segundo os representantes do Ecad, como o show era aberto ao público, eles seriam obrigados a desembolsar uma quantia para reproduzir as músicas. O valor ainda não foi estipulado. O que diz a lei A Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, regula os direitos autorais sobre obras científicas, literárias, musicais, teatrais e audiovisuais, entre outras. O texto garante os direitos dos autores sobre suas criações, e o poder de liberarem terceiros para utilizá-la ou divulgá-la. Segundo a norma, a reprodução de uma obra, parcial ou integralmente, dependerá exclusivamente da autorização do autor. A lei prevê multas para reproduções desautorizadas. A sanção é aplicada, por exemplo, em transmissões ou retransmissões de qualquer tipo e formato sem o aval do autor da obra. Segundo o artigo 46, no entanto, não pode ser considerada violação “o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou”. O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) é responsável pela arrecadação e pode ainda acionar a Justiça em caso de violação de direitos.
Dilma esclarece declarações à Justiça citadas pelo relator do mensalão Helena Mader Publicação: 21/09/2012 16:41 Atualização: 21/09/2012 18:21 Depois de ter sido citada pelo relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, a presidente Dilma Rousseff divulgou ontem uma nota para esclarecer seu depoimento prestado à Justiça no processo que investigava o caso. Na sessão da última quinta-feira, o relator disse que Dilma declarou ter ficado "surpresa" com a rapidez da aprovação do marco regulatório do setor elétrico pelo Congresso Nacional. Ela prestou depoimento judicial em 2009, quando ainda era ministra-chefe da Casa Civil. "Na leitura de relatório, o senhor ministro Joaquim Barbosa se referiu a depoimento que fiz à Justiça, em outubro de 2009. Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações", justificou a presidente, logo no início da nota. "Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a ‘surpresa’ que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema", explicou a presidente da República. "Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, ‘ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras’".

quinta-feira, 20 de setembro de 2012



COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE 54ª Legislatura - 2ª Sessão Legislativa Ordinária
PAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA
AUDIÊNCIA PÚBLICA
DIA 17/10/2012
LOCAL: Anexo II, Plenário 09
HORÁRIO: 10h

A -
Audiência Pública:

Tema:"Debate sobre o fim do exame da Ordem dos Advogados do Brasil".

(Requerimento 339/2012, do Deputado Eduardo Cunha)

Convidado:
  • AMARO HENRIQUE PESSOA LINS - Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação.




  • terça-feira, 18 de setembro de 2012

    No Brasil, ninguém sera considerado culpado até o transito em julgado. Sendo culpado a pena é intransferível. O que a mídia pretende fazer com o Marcelo Sereno é um atentado ao Estado Democrático de Direito. Ex-assessor de Dirceu quer ser vereador no Rio PUBLICIDADE ITALO NOGUEIRA DO RIO Chefe de gabinete do ex-ministro José Dirceu à época do mensalão, Marcelo Sereno (PT) aposta numa campanha popular para chegar à Câmara Municipal no Rio. Visita quase diariamente favelas e frequenta cultos evangélicos em busca de eleitores. Sem cargo do PT, Sereno tem parte da campanha bancada pelo Diretório Nacional. Ele conta com apoio do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Sereno foi investigado pela CPI dos Correios por suspeita de ter praticado tráfico de influência para arrecadar recursos para o mensalão. Sem provas, não foi indiciado, mas saiu da cúpula do PT. Em seu site da campanha, descreve 2005, ano em que o mensalão foi revelado, como uma "pausa para a família". "Foram anos conturbados. O partido estava sendo severamente atacado e aproveitei para dar uma pausa e me dedicar para cuidar da família." Em 2010, tentou uma vaga na Câmara dos Deputados. Não escondeu Dirceu, que gravou vídeo chamando-o de "irmão". Não foi eleito. Este ano, ainda não mostrou o ex-ministro, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. "O ministro decidiu não participar de campanhas", afirmou ele, que se recusou a dar entrevista pessoalmente e respondeu a perguntas por e-mail. Italo Nogueira/Folhapress Candidato Marcelo Sereno (PT) faz campanha em feira na zona norte do Rio por vaga de vereador O principal cabo eleitoral de Sereno é Lindbergh, que gravou vídeo apontando o candidato como "grande opção" para a Câmara. O senador não quis falar sobre o apoio. Sereno tem participado de cultos católicos e evangélicos em templos e até na rua. Católico, o petista nega campanha nos cultos e afirma tratar-se de "momento de reflexão e espiritualidade". "A campanha eleitoral sempre foi feita fora do ambiente das igrejas. Reconheço o papel social das religiões em geral, por isso sempre estive presente nestes locais." Sereno tem apostado também em favelas, onde conta com coordenadores de campanha em toda cidade. Uma das principais bandeiras é a defesa da gestão do ex-tucano e atual prefeito Eduardo Paes (PMDB), sub-relator da CPI que o investigou, no Congresso. O petista arrecadou R$ 272 mil, dos quais R$ 161,5 mil foram repassados pelo PT.

    segunda-feira, 17 de setembro de 2012

    COMENTÁRIO A quarta cópia, por Ricardo Noblat Dá-se a prudência como característica marcante dos mineiros. Teria a ver, segundo os estudiosos, com a paisagem das cidadezinhas de horizonte limitado, os depósitos de ouro e de pedras preciosas explorados no passado até se esgotarem, e a cultura do segredo e da desconfiança daí decorrente. Não foi a imprudência que afundou a vida de Marcos Valério. Foi Roberto Jefferson mesmo ao detonar o mensalão. Uma vez convencido de que o futuro escapara definivamente ao seu controle, Valério cuidou de evitar que ele se tornasse trágico. Pensou no risco de ser morto. Não foi morto outro arrecadador de recursos para o PT, o ex-prefeito Celso Daniel, de Santo André? Pensou na situação de desamparo em que ficariam a mulher e dois filhos caso fosse obrigado a passar uma larga temporada na cadeia. E aí teve uma ideia. Ainda no segundo semestre de 2005, quando Lula até então insistia com a lorota de que mensalão era Caixa 2, Valério contratou um experiente profissional de televisão para gravar um vídeo. Poderia, ele mesmo, ter produzido um vídeo caseiro. De princípio, o que importava era o conteúdo. Mas não quis nada amador. Os publicitários de primeira linha detestam improvisar. Valério pagou caro pelo vídeo do qual fez quatro cópias, e apenas quatro. Guardou três em cofres de bancos. A quarta mandou para uma das estrelas do esquema do mensalão, réu do processo agora julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Renilda, a mulher dele, sabe o que fazer com as três cópias. Se Valério for encontrado morto em circunstâncias suspeitas ou se ele desaparecer sem dar notícias durante 24 horas, Renilda sacará dos bancos as três cópias do vídeo e as remeterá aos jornais O Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo. (Sorry, VEJA!) O que Valério conta no vídeo seria capaz de derrubar o governo Lula se ele ainda existisse, atesta um amigo íntimo do dono da quarta cópia. Na ausência de governo a ser deposto, o vídeo destruiria reputações aclamadas e jogaria uma tonelada de lama na imagem da Era Lula. Lama que petrifica rapidinho. A fina astúcia de Valério está no fato de ele ter encaminhado uma cópia do vídeo para quem mais se interessaria por seu conteúdo. Assim ficou provado que não blefava. Daí para frente, sempre que precisou de ajuda ou consolo, foi socorrido por um emissário do PT. Na edição mais recente da VEJA, Valério identifica o emissário: Paulo Okamotto. Uma espécie de tesoureiro informal da família Lula da Silva, Okamotto é ligado ao ex-presidente há mais de 30 anos. No fim de 2005, um senador do PT foi recebido por Lula em seu gabinete no Palácio do Planalto. Estivera com Valério antes. E Valério, endividado, queria dinheiro. Ameaçava espalhar o que sabia. Lula observou em silêncio a paisagem recortada por uma das paredes envidraçadas do seu gabinete. Depois perguntou: "Você falou sobre isso com Okamotto?" O senador respondeu que não. E Lula mais não disse e nem lhe foi perguntado. Acionado, Okamotto cumpriu com o seu dever. Pulou-se outra fogueira. Foram muitas as fogueiras. Uma delas foi particularmente dramática. Preso duas vezes, Valério sofreu certo tipo de violência física que o fez confidenciar a amigos que nunca, nunca mais voltará à prisão. Prefere a morte. Valério acreditou que o prestígio de Lula seria suficiente para postergar ao máximo o julgamento do processo do mensalão, garantindo com isso a prescrição de alguns crimes denunciados pela Procuradoria Geral da República. Uma eventual condenação dele seria mais do que plausível. Mas cadeia? E por muito tempo? Impensável! Pois bem: o impensável está se materializando. E Valério está no limiar do desespero.