sexta-feira, 21 de abril de 2017



O meu penúltimo presente foi uma jaca


Hoje comemoro duas datas importante. A primeira, o aniversário de Pedro Filho; a segunda não gostaria de comemorar, quatro meses do falecimento do meu irmão Mauricio. Contudo, alegrias e tristezas ajudam no meu crescimento. As perdas são necessárias? Estou tentando descobrir! Poderia responder como Advogado, “depende” mas, acredito que não seja o caso.
Lembro-me que, aos 18 anos, era aluno de cursos de formação na Base Naval de Natal-RN e, durante uma noite, sou chamado na Praça d'Armas (local de estar dos oficiais a bordo). Fiquei muito preocupado, pois o Brasil estava passando pelo terror da ditadura militar, e alguém sendo chamado naquele local boa coisa não poderia advir.
No entanto, para minha alegria e surpresa era simplesmente Mauricio. Perguntei, o que passou? Aconteceu alguma coisa com mamãe ou papai? E ele respondeu que estava tudo bem com a família, mas ele estava com saudades de mim. Este momento está insculpido no meu coração. Mauricio, costumeiramente lembrava dos irmãos e estava sempre presenteando-os. Adorava todos os sobrinhos e sobrinhas.
O meu penúltimo presente foi uma jaca. Te amo meu irmão Mauricio.  Que os espíritos de luz continuem sempre iluminando os seus caminhos.
Agora vou falar do aniversariante do dia. Viver Pedrinho. Ele e o Tio Mauricio se parecem muito. Adora a família e os filhos. Não pode ver ninguém sofrendo que sofre junto. Ajudar é o seu verbo predileto. É o grande irmão Pedrinho. Grande mesmo (1,8...e ...kg). Parafraseando o Rei “ são muitas as lembranças” recortarei apenas um episódio dos muitos que vivemos juntos: campanha política de 1989 para presidente da república em Recife, “ de repente escuto gritos, gritos vindos de longe, era Pedrinho lutando para se soltar das mãos dos policiais militares. Estava sendo acusado por está distribuindo panfletos do nosso candidato Lula da Silva – ele falou! Que susto paizinho”.
Então, no momento Brasileiro de tantas conturbações, onde a prova sabida (todos sabem, mas não provam) se sobrepõem a prova material (só os elementos probatórios são válidos) me senti no dever de homenageá-los com essas singelas lembranças.

Parabéns aos dois, Maurício e Pedro Filho que Deus continue iluminando e mostrando que ajudar ao próximo continua sendo a melhor forma de viver, não tem preço. 

sábado, 15 de abril de 2017



O velho e o velho hábito das elites


Há 30 anos ou mais a política partidária brasileira não se mantem, caso não seja por meio de recursos espúrios. Foi o que afirmou o patriarca da odebreicht . A "estória" é tão inverossímil que ele, Emílio, teve que recorrer  a época da ditadura, ou seja,  lembrou que também financiava, além de políticos, o regime de exceção.  " Seria cômico se não fosse trágico."
Parte da elite brasileira não aceita que o povo seja educado e esclarecido. Muito menos que circule pelos grandes shoppings, nem tampouco que dê um pulinho em Milão, Roma, Paris, Londres, Disney, etc. Estudar em universidades públicas, nem pensar. Este pensamento retrógrado estimula a face nazifascista. 
É difícil para governos, de viés de esquerda, governar em qualquer parte do mundo. Isto porque, com raríssima exceção, as nações foram invadidas e escravizadas por estas elites. Então, aceitar a chegada ao poder de um operário, semianalfabeto, representando parte das classes menos favorecidas, é praticamente impossível.
E por falar nisso, eu estive no último dia do governo Lula, no palácio do planalto. Eu, e outras milhares de pessoas fomos abraçar o Cara que mudou a face econômica, social, cultural e educacional do Brasil.
O velho e o velho hábito dos políticos existe desde o descobrimento das Américas. Todos suspeitam dessa prática mundial, mas combatê-las exige uma democracia de qualidade, ou seja, pessoas esclarecidas, livres, empregadas e acima de tudo brasileiros que não se deixem enganar por nenhum cântico, a exemplo do "vamos pra rua",  muito menos por políticos corruptos. 


Pedro Rogério Melo de Lima, Advogado e militante político.