terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dilma lidera e venceria no 1º turno

Com 46%, Dilma lidera e venceria no 1º turno, diz pesquisa Sensus
Serra aparece com 28,1%; Marina, com 8,1%. Margem de erro é de 2,1 pontos.
Confederação Nacional do Transporte encomendou levantamento.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília
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A candidata do PT, Dilma Rousseff, acumula 46% das intenções de voto e venceria a eleição para presidente da República no primeiro turno, segundo dados de pesquisa Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (24).
OS RESULTADOS DA PESQUISA CNT-SENSUS
Dilma Rousseff (PT) 46%
José Serra (PSDB) 28,1%
Marina Silva (PV) 8,1%
Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) 0,4%
Zé Maria (PSTU) 0,4%
Eymael (PSDC) 0,3%
Rui Costa Pimenta (PCO) 0,2%
Ivan Pinheiro (PCB) 0%
Levy Fidelix (PRTB) 0%
Indecisos 11,7%
Branco ou nulo 5,1%
Fonte: CNT-Sensus

José Serra (PSDB) aparece com 28,1% e Marina Silva (PV), com 8,1%. De acordo com a pesquisa, Dilma venceria no primeiro turno porque, se a eleição fosse hoje, teria mais do que a soma dos votos de todos os demais candidatos.

Na pesquisa anterior, de 5 de agosto, Dilma tinha 41,6%, Serra registrava 31,6% e Marina 8,5%.

O instituto entrevistou 2 mil eleitores em 136 municípios de 24 estados dos dias 20 a 22 . A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Zé Maria (PSTU) registraram 0,4% na pesquisa. Eymael (PSDC) teve 0,3%, Rui Costa Pimenta (PCB) teve 0,2% e Levy Fidelix (PRTB) e Ivan Pinheiro (PCB) não pontuaram.

A parcela de eleitores que disse votar em branco ou nulo ficou em 5,1%, e os que não souberam ou não responderam foram 11,7%.

Pesquisa espontânea

Na parte da pesquisa em que os entrevistados respondem espontaneamente em que votariam (sem que seja apresentado a eles o cartão com os nomes dos candidatos), Dilma tem 37,2%, Serra, 21,2%, e Marina, 6%, segundo o Sensus. O candidato Zé Maria aparece 0,6%, Plíniio, com 0,2%. Eymael, Ivan Pinheiro e Rui Costa Pimenta tiveram 0,1%. Levy Fidelix não pontuou.

Segundo turno

No cenário de uma eventual disputa em segundo turno entre Dilma e Serra, a vantagem também é da petista. Ela teria 52,9% contra 34% do tucano. Na pesquisa anterior, Dilma vencia por 48,3% a 36,6%.

Rejeição

A pesquisa mostra também o índice de rejeição dos candidatos. No levantamento, 47,9% disseram que não votariam em Marina Silva (PV) de jeito nenhum. Para José Serra (PSDB), esse percentual é de 40,7%. Dilma Rousseff apareceu com 28,9%.

Expectativa de vitória

Para 61,8% dos entrevistados, independentemente do candidato em quem vão votar, Dilma vai ganhar a eleição. Para 21,9%, o vencedor será José Serra.

Horário eleitoral

A pesquisa mostra que 13,2% dos entrevistados assistiram a todos os programas do horário eleitoral gratuito. Foram 29,7% os que disseram ter visto em parte e 22,8% disseram ter ouvido falar ou conversado sobre o assunto.

O levantamento diz que 56% dos entrevistados avaliaram o programa de Dilma como o melhor do horário eleitoral. Para 34,3%, Serra apresentou o melhor programa e 7,5% gostaram mais do programa de Marina.

Por regiões

No levantamento por regiões, Serra só vence Dilma no Sul, segundo o Sensus. Nessa região, o tucano tem 47,8% contra 35,7% da petista. Marina aparece com 6,9%.

A maior vantagem da petista é na região Nordeste. Ela tem 62,1% contra 19,8% de Serra; Marina fica com 6,4%.

Na região Sudeste, a petista está na frente com 39,2% contra 27,6% do tucano e 9,7% da candidata do PV. Nas regiões Norte e Centro Oeste somadas, Dilma soma 45% contra 25,5% de Serra e 7,6% de Marina.

Homens e mulheres

Na intenção de voto por gênero, Dilma tem 49,4% entre os homens, Serra tem 28,7% e Marina, 7,6%. Entre as mulheres, a petista aparece com 42,9%, o tucano, com 27,4% e Marina, com 8,4%

Relatório da PF qualifica Arruda e aliados como integrantes organização criminosa

Relatório da PF qualifica Arruda e aliados como integrantes organização criminosa

Débora Álvares

Publicação: 24/08/2010 13:14 Atualização: 24/08/2010 14:24
O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Caixa de Pandora aponta o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) como chefe de uma organização criminosa responsável pelo esquema de corrupção que envolveu o alto escalão do Governo do Distrito Federal. Parte do relatório, divulgado pelo jornal “O Estado de São Paulo”, enquadra Arruda e seus aliados nos crimes "formação de quadrilha" e "corrupção passiva".

Segundo a reportagem, o documento destaca que "José Roberto Arruda encabeçava uma organização criminosa voltada à captação de dinheiro bancado por empresas contratadas". A reportagem do correiobraziliense.com.br entrou em contato com a Polícia Federal, mas a instituição não confirma nem desmente o conteúdo do documento divulgado pelo “Estadão”. Apesar disso, a assessoria de imprensa garante que o relatório em questão não vazou pela PF.

Saiba mais...
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O inquérito com a análise de depoimentos e documentos recolhidos foi concluído na última semana. O material, agora, está no Ministério Público Federal (MPF), mas não há prazo para a subprocuradora, Raquel Dodge, terminar sua análise. Ela pode pedir mais alguma investigação sobre o caso antes de entrar com ação penal contra pessoas que se beneficiaram e promoveram um dos maiores esquemas de corrupção do país.

A reportagem do Correio entrou em contato, também, com a Procuradoria-Geral da República (PGR) mas, assim como a PF, a instituição destaca não saber detalhes do relatório e que não pode, portanto, confirmar seu conteúdo. Segundo a assessoria de imprensa, a subprocuradora responsável pelo inquérito ainda não terminou sua análise e, somente após isso, poderia haver uma divulgação do documento.

Entenda a Operação
Com a operação Caixa de Pandora, deflagrada em 27 de novembro de 2009, pela Polícia Federal, veio à tona o maior escândalo política que Brasília já viveu. A ação investigou um suposto esquema de distribuição de recursos ilegais à base aliada do Governo do Distrito Federal, na época chefiado pelo governador cassado José Roberto Arruda.

O delator do suposto esquema de corrupção, o ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, entregou à PF vídeos em que membros do governo, à ápoca, aparecem recebendo propina. Ele aceitou colaborar em troca de uma punição mais branda em outro caso de corrupção, revelado pela Operação Megabyte, ainda na gestão de Joaquim Roriz. Barbosa gravou cerca de 23 vídeos.

Raquel Dodge já ajuizou duas denúncias contra o governador cassado, José Roberto Arruda. Em uma delas, o ex-governador e outras cinco pessoas são acusados de tantar comprar uma testemunha, o jornalista Edson Sombra. O crime culminou na prisão preventiva que manteve Arruda na encarcerado por dois meses – entre fevereiro e abril. Ele também foi denunciado por falsificação de documento. A ação se refere aos recibos que atestariam recebimento de dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa como doação para compra de panetones para pessoas carentes.